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25 de novembro de 2020

Socialismo? Não, Demagogismo!

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Uma canção e uma imagem, a que precede este texto.



Os mesmos de sempre

Existe uma classe social que eu apelidaria de “os mesmos de sempre”. Isso mesmo, aqueles que pagam cada vez mais impostos para que os partidos ganhem mais uns votos. 

Sem ilusões: o volume dos impostos recolhidos pelo Estado mantém-se inalterado. Sendo assim, quem os paga vai sendo um número de contribuintes cada vez menor. 

Socialismo, não é?



Não é Socialismo, é Demagogismo.

Aristoteles e Políbio concordaram em que o Sistema de Governo das Poleis, das Cidades-Estado, evoluía como segue:
  • Monarquia, o governo de um só arconte, ou magistrado supremo, de um rei sábio.
  • Aristocracia, o governo dos melhores.
  • Democracia, o governo do ágora, da assembleia, dos que se reúnem na praça, dos homens livres e ricos.
  • Monarquia, de novo.

Concluíram também que a cada um destes três sistemas, ditos “perfeitos” correspondiam três outros um sistemas, ditos “degenerado”:
  • À Monarquia correspondia a Tirania.
  • À Aristocracia correspondia a Oligarquia.
  • À Democracia correspondia a Demagogia.

O caso de Portugal nos séculos XX e XXI é uma quase perfeita ilustração desta tese:
  • Consulado de António de Oliveira Salazar = Monarquia.
  • Consulado de Marcello Caetano = Oligarquia.
  • De 25 de Abril de 1974 ao fim do Consulado de Aníbal Cavaco Silva = Democracia.
    Ocorreu uma mudança do sistema formal de governo, com manutenção, e reforço da Oligarquia: a maioria dos oligarcas que estavam ficaram, entraram alguns oligarcas novos e reforçou-se a tendência plutocrática.
  • Do fim do Consulado de Aníbal Cavaco Silva até hoje = Demagogia.
    Verificou-se a manutenção do sistema formal de governo e um lento deslizar para a Demagogia, acentuado no Consulado de José Sócrates, atenuado no de Pedro Passos Coelho, novamente acentuado, e muito, no Consulado de António Costa.

À Demagogia segue-se a Anarquia, à Anarquia a Tirania e, se a Polis tiver a sorte de o Tirano ser um sábio, com um sucessor também sábio, o ciclo recomeça.

Em Portugal, após o assassinato de Sidónio Pais, oscilou-se entre a Anarquia e a Demagogia, oscilação que foi interrompida pelo Movimento de 28 de Maio de 1926, que instaurou uma Ditadura Militar.

Depois a Ditadura Militar acabou por entregar o poder a Salazar, um Tirano, que era um sábio, mas que não foi sucedido por um sábio. Logo a Monarquia não se institucionalizou e estamos, de novo, a caminho da Anarquia.

Em Espanha Francisco Franco, um Tirano, revelou-se também um sábio ao designar como sucessor Juan Carlos de Bourbon, que preparou para exercer o ofício de rei. E Juan Carlos de Bourbon também  se revelou um sábio, pelo que, ao que parece, a Espanha regressou ao início do ciclo.

Quanto aos impostos… 

O Governo PS-Costa compra votos, ou pensa que os compra, com o dinheiro que extorque aos cidadãos que não conseguem evitar ser roubados. 

Os ricos, os mesmos ricos, conseguem evitá-lo, a maioria dos trabalhadores livres – dos pedreiros aos juristas – também, daí que o número dos que não conseguem fugir seja cada vez menor e a carga sobre eles cada vez maior.

Recentemente o Governo PS-Costa resolveu declarar que os enfermeiros e os médicos não iriam ter férias por causa da “pandemia” e já há muitos a considerarem seriamente a emigração para França, ou para Inglaterra, onde lhes pagam bem melhor.

Em minha opinião “isto” vai continuar a “descer” até que um movimento militar interrompa a processo.



Letra e música de Luis Pedro Fonseca, realização de João Egreja, 1982.
Por cortesia do arquivo RTP.


Dão nas vistas em qualquer lugar
Jogando com as palavras como ninguém
Sabem como hão-de contornar
As mais directas perguntas

Aproveitam todo o espaço
Que lhes oferecem na rádio e nos jornais
E falam com desembaraço
Como se fossem formados em falar demais

Demagogia, feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
Demagogia, feita à maneira
É como queijo numa ratoeira

P’ra levar a água ao seu moinho
Têm nas mãos uma lata descomunal
Prometem muito pão e vinho
Quando abre a caça eleitoral

Desde que se vêem no poleiro
São atacados de amnésia total
Desde o último até ao primeiro
Vão-se curar em banquetes, numa social

Demagogia, feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
Demagogia, feita à maneira
É como queijo numa ratoeira




Fonte do comentário e do comentário ao comentário
  • Diálogo electrónico nocturno entre dois engenheiros aposentados.






Etiqueta principal: Política à Portuguesa.

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