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19 de maio de 2021

Estupidez Humana




Segundo Carlo M. Cipolla as Leis Fundamentais da Estupidez Humana são 5, cinco, e a primeira é (página 19):

Inevitavelmente toda a gente subestima sempre o número de indivíduos estúpidos em circulação.


Segundo Nassim Nicholas Taleb, o prefaciador, Carlo M. Cipolla, o autor, tem uma definição formal axiomática do que significa ser estúpido (página 14):

Estúpido é alguém que prejudica os outros sem procurar qualquer ganho para si mesmo – constratando com o bandido, de comportamento, mais previsível, que ganha algo ao prejudicar-nos.


Ainda segundo Carlo M. Cipolla, o autor, para além das evidentes implicações pessoais, a Estupidez Humana tem implicações sociais verificando-se que (formulação minha com base no texto das páginas 51 a 55 51 a 55): 

As culturas, estados, sociedades, em ascensão, ou expansão, tendem a ter mais dirigente inteligentes dos que dirigentes estúpidos, verificando-se o inverso nas culturas, estados, sociedades, em descensão, ou contracção.


Li o livrinho – que tem ao todo 64 páginas, incluindo as páginas de guarda, de título, de índice, etc. – em menos de duas horas.


Obrigatório ler!








Etiqueta principal: Estupidez Humana.

13 de maio de 2021

O que é, hoje, “ser extremista”?

 

Afirmação Paradoxal
Antítese e Paradoxo




Na acepção filosófica e política actual “ser extremista” é “não negociar”, “não pactuar”.

Num ambiente filosófico que afirma que “é absolutamente verdade que a verdade não existe” e que “é absolutamente verdade que tudo é relativo”.

Num ambiente político que afirma que “é absolutamente verdade que tudo é negociável” e que “é absolutamente verdade que tudo é redutível a dinheiro”.

Num tal ambiente filosófico e político “não pactuar”, “não negociar”, “afirmar algo e não o desafirmar”, “tomar uma posição e não a destomar”, é “ser extremista”.

Actualmente quem não for extremista negoceia, pactua, diz-se e desdiz-se, avança e recua, vende-se, sempre na maior das calmas e com a maior cara-de-pau.

Se o não fizer não singra na vida, é acusado de ser o responsável por todos os males do mundo, é ostracizado e é perseguido.









Etiqueta principal: Extremismo.

Uma Mulher vestida de Sol

Nossa Senhora do Ó
Sé de Évora



mulher
mãe
maria
fátima
pneuma
stela matutina
portugal
pauperes commilitones christi templique salomonici
gioacchino da fiore
dionísio e isabel
ordo militiae iesu christi
quinto império
camões
vieira
pessoa
agostinho












Etiqueta Principal: Quinto Império.

6 de maio de 2021

Era uma vez um Grão-Duque

Aleksandr Mikhailovich. Nós, os Romanov. Alma dos Livros, 2021.



Esta obra de Aleksandr Mikhailovich – que se fosse português se chamaria Alexandre Miguéis, Alexandre filho de Miguel – é, simultaneamente, várias coisas:

  1. É a sua auto-biografia.
  2. É a sua descrição da agonia e morte da Rússia Imperial.
  3. É a sua descrição da participação da Rússia na Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905.
  4. É a sua descrição da participação da Rússia na Guerra Germano-Russo de 1914-1917.
  5. É a sua descrição da Revolução de Fevereiro (de 23 de Fevereiro a 3 de Março de 1917, no calendário juliano, de 08 a 16 de Março de 1917, no calendário gregoriano), e na Revolução Branca (fase da Revolução Russa que ocorreu de Março a Novembro de 1917).
  6. É a sua descrição das hostilidades entre 15 de Março de 1917, data da abdicação de Nicolau II da Rússia, e a sua saída da Rússia a bordo do contratorpedeiro britânico H.M.S. Forsythe, a 11 de Dezembro de 1918.
  7. É a sua descrição da sua participação na Conferência de Paz de Paris (1919–1920), aberta a 18 de Janeiro de 1919.
  8. É a sua descrição da entrega da Rússia a Lenine e a Trótski pelos Estados Unidos da América, França, Inglaterra e Itália.
  9. É, finalmente, a sua referência à necessidade de uma revolução espiritual e à Religião do Amor.

Written 13 years after the execution of the Tsar and his family this is one of the best histories I've read of the end of Imperial Russia.
Traduzindo Escrita 13 anos após a execução do Czar e da sua família, esta é uma das melhores histórias que li sobre o fim da Rússia Imperial.
This is the second time I’ve read the memoirs of GD Sandro, the first time through the collected works. Of all the GDs, Sandro remains the most accessible due to his writings. Whatever one thinks of the man, there is great value in these memoirs. I don’t quibble with the so-called and over-rated “truth”. This is clearly the “truth” as GD Sandro believed or wanted to believe which in itself is illuminating.
Traduzindo Esta é a segunda vez que leio as memórias do GD Sandro, a primeira vez nas Obras Coletadas. De todos os GDs, Sandro continua sendo o mais acessível devido aos seus escritos. O que quer que se pense do homem, há grande valor nestas memórias. Eu não questiono a assim chamada e tão superestimada “verdade”. Esta é claramente a “verdade” na qual o GD Sandro acreditava, ou queria acreditar, o que é, por si só, esclarecedor.

Em minha opinião esta obra é de leitura obrigatória para quem queira compreender a Guerra dos Impérios (1914-1945), a subsequente Guerra Fria (1945-1991), o actual conflito entre os Impérios Ocidentais, encabeçados pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos, e os Impérios Orientais, encabeçados pela Rússia e pela China.

E é-o tanto mais porque não é crível que os actuais dirigentes da Federação Russa a não conheçam e a não tenham lido e meditado… há muito tempo.