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22 de dezembro de 2018

Oligarquia

a palavra oligarquia tem origem grega, e significa literalmente, governo de poucos
os gregos inventaram tal termo para designar uma forma distorcida, degenerada e negativa de aristocracia.


Um artigo de João Miguel Tavares e um comentário de Álvaro Aragão Athayde.


artigo

Freitas do Amaral loves Ricardo Salgado

Por João Miguel Tavares no Público a 22 de Dezembro de 2018, ás 06:32

Os senhores de colete amarelo, que ontem se manifestaram pelo país a atravessar passadeiras com grande empenho, fartaram-se de resmungar diante das câmaras de televisão acerca dos políticos e do tamanho da Assembleia da República – mas para quem quer realmente perceber Portugal, os jornais continuam a ser bastante mais úteis do que as manifestações. Há, aliás, textos que explicam um regime inteiro, e um desses textos foi publicado por Diogo Freitas do Amaral no PÚBLICO de quarta-feira. Chamava-se “BES e GES – um só responsável? Novos ataques a Ricardo Salgado”, e lê-lo com alguma atenção é perceber como é que Salgado foi possível, como é que a queda do BES foi possível, como é que Sócrates foi possível, como é que a bancarrota foi possível, como é que Zeinal Bava foi possível, como é que a queda da PT foi possível, e por aí fora. E tudo foi possível, em primeiro lugar, por causa da cupidez dos próprios; e, em segundo lugar, por causa de políticos – melhor: de senadores – como Diogo Freitas do Amaral.

A teoria de Freitas do Amaral é fácil de resumir em três pontos. 1) Ricardo Salgado não fez tudo sozinho. 2) Há mais responsáveis pela queda do BES, incluindo o governador do Banco de Portugal e Passos Coelho, que o queria substituir por José Maria Ricciardi (porque é que não o substituiu, então, é mistério que fica por explicar). 3) Se o governo da altura tivesse dado uma mãozinha, o banco ainda aí estaria, todo forte e viçoso. A interligar os vários pontos estão duas ou três teorias da conspiração delirantes, mais aquele provérbio português que é sempre piamente evocado nestas situações: não se bate em quem está no chão. Devo dizer que me apetece sempre bater em quem nestes contextos diz que não se bate em quem está no chão. Para Salgado, o chão, no presente, é uns motoristas, umas secretárias, umas assessoras e talvez umas empregadas a menos. Já o chão, para mim, é o Linhó.

Contaram-me que Ricardo Salgado, após sair do BES, instalou o seu gabinete (coitadinho) no Hotel Palácio do Estoril, onde todos os dias era servido por um funcionário do hotel que tinha perdido as suas poupanças na queda do banco. Estar no chão, para os Salgados e os Sócrates desta vida, é andar dez e 15 e 20 anos a lutar na justiça, continuando a almoçar em restaurantes Michelin e a fazer férias em hotéis de cinco estrelas. Tudo isso graças a leis que políticos como Freitas do Amaral fizeram, e à forma como advogados pagos com dinheiro tantas vezes adquirido de forma ilegal conseguem multiplicar as manobras dilatórias, até ao ponto de os clientes já estarem demasiado velhos ou demasiado doentes para ir para a cadeia.

Ricardo Salgado não é, com certeza, o único responsável pela queda do BES. Mas é o maior. E a quilométrica distância de todos os outros. Ele era – mesmo – o Dono Disto Tudo, e entre redes financeiras, redes políticas e redes familiares, tinha meio país na mão. Como eu não conseguia explicar o despropósito do texto de Freitas do Amaral, fui à Wikipédia. No capítulo “família” encontrei isto: “Filho de Duarte Pinto de Carvalho Freitas do Amaral e de sua mulher, Maria Filomena de Campos Trocado, sobrinha-bisneta do 1.º Barão da Póvoa de Varzim. Casou em Sintra, a 31 de Julho de 1965, com Maria José Salgado Sarmento de Matos, escritora, com o pseudónimo de Maria Roma, sobrinha paterna de Henrique Roma Machado Cardoso Salgado e prima-irmã do banqueiro Ricardo Salgado.” Bendita Wikipédia, que nos ensina tantas coisas.


comentário

O que acho e não acho normal

Por Álvaro Aragão Athayde em coisas & loisas a 22 de Dezembro de 2018, ás 14:07

Acho normal que uma pessoa defenda um familiar que considera estar sendo injustamente acusado, ou vítima de um linchamento mediático.

Não acho normal que o faça sem assumir claramente que é isso que está fazendo.

Acontece que foi exactamente isso que Diogo Freitas do Amaral e Miguel Sousa Tavares fizeram.

Os gregos que inventaram o termo oligarquia para designar uma forma distorcida, degenerada e negativa de aristocracia estavam cheios de razão, os melhores não fazem coisas destas.

Quanto ao resto… 

[1] Acho que João Miguel Tavares está cheio de razão quando afirma que o Sistema Ultra-Garantístico vigente tem como consequência que, na prática, exite uma Justiça para Ricos e uma Justiça para Pobres.

[2] Acho que João Miguel Tavares faz mal em embarcar na onda do linchamento mediático de Ricardo Salgado.

[3] Acho que o ambiente de denúncia institucionalizada e de linchamento mediático em que vivemos é, esse sim, Uma Questão de Civilização.



Origem da figura


Referências
  1. Oligarquia - Sociologia, em LinkedIn SlideShare.
  2. Oligarquia, da Wikipédia, a enciclopédia livre.


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18 de dezembro de 2018

A França em poucas palavras

Sans-culottes en armes, guache de Jean-Baptiste Lesueur, 1793-1794, museu Carnavalet.

Sans-culotte foi a denominação dada pelos aristocratas aos artesãos, trabalhadores e até pequenos proprietários participantes da Revolução Francesa, principalmente em Paris.  
Livremente traduzido da língua francesa como “sem calção”, o culote era uma espécie de calções justos que se apertavam na altura dos joelhos, vestimenta típica da nobreza naquele país à época da Revolução. Em seu lugar, os “sans-culottes” vestiam uma calça comprida de algodão grosseiro, traje tipicamente utilizado pelos burgueses. Estes eram, normalmente, os líderes das manifestações nas ruas. 
— em Sans-culottes, um verbete da Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Classe Governante Francesa… como a Nova Aristocracia Francesa! E os Coletes Amarelos… como o Novos Sem Calção! Uma abordagem interessante a estes eventos surpreendentes e aparentemente estranhos!!!


O Governo Parou de Ouvir as Pessoas há 20 anos

A exploração inteligente, pelas elites, de ficções politicamente corretas, tem encantado a Esquerda comatosa e acrítica, mas não aqueles que vêem seus padrões de vida em queda livre.

Publicado por Charles Hugh Smith a 12 de Dezembro de 2018 em Of Two Minds Blog 
Republicado em Zero Hedge (a 12 de Dezembro) & Washington’s Blog (a 13 de Dezembro)


Um membro da família que morou décadas em França resumiu a fonte dos protestos gilets jaunes numa frase: “O governo parou de ouvir as pessoas há 20 anos”. Seria difícil negar a seguinte generalização dessa afirmação: muitos, se não a maioria, dos governos pararam de ouvir o seu povo décadas atrás, preferindo ouvir em seu lugar as elites financeiras e políticas e, também, as entrincheiradas elites culturais, que encaram o povo com desdém.

Legiões de comentadores estão-se debruçando sobre as origens económicas e culturais do destempero da França. Muitos caracterizaram os protestos como operários, em termos gerais da responsabilidade das multidões que viram erodir-se o poder de compra dos seus salários, ou pensões, enquanto as elites financeira, política e cultural, da França se banquetearam com os magros ganhos que a economia francesa registrou nos passados 20 anos.

Os manifestantes acertadamente percebem que são politicamente invisíveis: a classe governante, independentemente de seu pendor ideológico, não crê necessitar do apoio dos politicamente invisíveis para governar como bem entende. A classe governante tem, além disso, contado com as elites culturais para marginalizar e suprimir os politicamente invisíveis, descartando qualquer dissensão das classes inferiores como racista, fascista, nacionalista e quqlquer outra palavra propositadamente escolhida para votar a dissidência ao ostracismo.

As elites culturais contavam com que a incessante apresentação dos desacordos das classes inferiores como populismo racista-fascista continuariam marginalizando os plebeus, mas o cântaro partiu a asa: as classes marginalizadas financeira, política e culturalmente estão fartas.


Somos felizes como servos explorados
porque a nossa Aristocracia usa frases politicamente correctas em público.

Apesar das brigas habituais entre facções, a classe dominante há muito tempo está unida por trás de uma simples ferramenta de controle: comprar cumplicidade com benesses do governo. Se a divergência se transformar num movimento amplo, a solução é comprar os manifestantes com algum novo subsídio ou benefício.

Esta é uma das dinâmicas essenciais do Neofeudalismo que são:
  1. Penúria-por-dívida e lealdade dos escravos-assalariados à Nova Aristocracia que possui a dívida.
  2. A aristocracia financeira-e-política maximiza o seu benefício e justifica a exploração com  a concessão de garantias directas aos servos-da-dívida politicamente impotentes, servos-da-dívida aos quais esta predação sistémica magicamente oferece a melhor saída possível do campesinato.
  3. Os benefícios do Estado são usados como suborno para comprar a cumplicidade e a passividade dos escravos-assalariados servos-da.dívida.
  4. A Nova Aristocracia propõe ficções politicamente politicamente corretas para justificar a sua exploração e predação.

Agora que esta estratégia não conseguiu silenciar os gilets jaunes (coletes amarelos), a classe governante da França apercebeu-se  de que a situação é mesmo séria. E como todos sabemos, a classe governante segue, em todos os lugares, este ditado: quando fica sério, há que mentir.

As mentiras são agora contínuas, daí a explosão da preocupação da elite com as  fake news (notícias falsas). A faísca que acendeu o estopim dos actuais protestos era uma mentira, é claro; O imposto sobre o combustível não tinha como objetivo “salvar o planeta”, mas sim aumentar as receitas para que as elites pudessem continuar a extrair o seu benefício sem pôr em risco a ordem económica.

A exploração inteligente, pelas elites, de ficções politicamente corretas, tem encantado a Esquerda comatosa e acrítica, mas não aqueles que vêem seus padrões de vida em queda livre.



Origem do texto

Tradução do texto


Origem das figuras
  1. Sans-culottes, un article de Wikipédia, l'encyclopédie libre.
  2. France in a Nutshell: “The Government Stopped Listening to the People 20 Years Ago” from Of Two Minds Blog.


Referências
  1. Culotte, um verbete da Wikipédia, a enciclopédia livre.
  2. Sans-culottes, um verbete da Wikipédia, a enciclopédia livre.


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17 de dezembro de 2018

Acidentes ferroviários em 2019?




No jornal PÚBLICO podemos ler hoje uma notícia preocupante


COMBOIOS
Director da CP demitido por discordar de decisão que
ameaça segurança ferroviária

Administração da CP decidiu que a manutenção dos rodados das automotoras eléctricas seria feita aos dois milhões de quilómetros em vez dos 1,7 milhões. Director de material da CP alertou para os riscos de se adiar a manutenção de rodados e foi demitido.

CARLOS CIPRIANO · 17 de Dezembro de 2018, 6:23


Noticia que quem me lê poderá ler aqui.


Duas perguntas:
  1. Caso em 2019 ocorra um acidente ferroviário com vítimas mortais serão os membros da actual Administração da CP e membros do actual Governo acusados pelo Ministério Público de homicídio voluntário?
  2. Como é possível que algo deste tipo aconteça?

À primeira pergunta responderei singelamente que Não acredito que tal venha a acontecer.

À segunda pergunta responderei, menos singelamente, que Algo deste tipo acontece por causa da ignorância crassa, e da soberba, dos Graduados em Direito que actualmente nos governam.

A minha primeira resposta decorre da verificação experimental de que a culpa tem sempre morrido solteira… porque não morreria solteira neste caso?

A minha segunda resposta decorre da verificação experimental de que, de há muitos anos a esta parte, têm ido para Direito os que odeiam as Ciências em geral, a Matemática em particular, muitos dos quais terminaram o Nono Ano de Escolaridade chumbados a Matemática. 

E tudo isto se prende com a famosa questão de As Duas Culturas (The Two Cultures), uma questão levantada por C. P. Snow em 1959 e sobre a qual a versão em português da Wikipédia não tem nenhum verbete. Repito e sublinho, a versão em português da Wikipédia não tem nenhuma verbete sobre a questão de As Duas Culturas!



C. P. Snow e a questão de As Duas Culturas (The Two Cultures)
  1. C. P. Snow from Wikipedia, the free encyclopedia.
  2. The Two Cultures from Wikipedia, the free encyclopedia.
  3. An Update on C. P. Snow's "Two Cultures" fom Scientific American.



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14 de dezembro de 2018

Evangelizar

Nossa Senhora da China.



A palavra portuguesa evangelho significa o quê?

evangelho
substantivo masculino
  1. religião: conjunto dos ensinamentos de Jesus Cristo.
  2. religião: cada um dos quatro livros dos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João, incluídos no Novo Testamento, e que narram a vida, a doutrina e a ressurreição de Cristo ☞ inicial maiúscula.
  3. liturgia: trecho do Evangelho (na acepção 2) que se lê na missa.
  4. figurado (sentido)figuradamente: princípio, doutrina de um grupo de pessoas.
  • origem etimológica: do latim eclesiástico ēvangelium (genitivo ēvangeliī), segunda declinação; do grego antigo εὐαγγέλιον (transliteração latina “evangélion”), que significava, e significa “boa nova”, “boa notícia”.

Vemos pois que a palavra evangelho sofreu um importante desvio semântico não sendo hoje commumente entendida no seu sentido original de boa nova, boa noticia.


E qual era então a boa nova, a boa notícia, que os primeiros apóstolos, que os primeiros mensageiros, tinham tanta urgência em entregar?
  • Outro importante desvio semântico, como certamente o caro leitor já notou: a palavra portuguesa apóstolo deriva baixo latim apostolus (genitive apostolī) segunda declinação, que significava “um aviso enviado a um tribunal superior, ou a um juiz”; palavra latina essa que derivava do grego antigo ἀπόστολος (transliteração latina “apóstolos”), que significava então “aquele que é enviado”, “mensageiro”, “enviado”, “embaixador”, e significa hoje, em grego moderno, “depoente”.

Repito
Qual era então a boa nova, a boa notícia, os primeiros mensageiros tinham tanta urgência em entregar?



Bom, a boa nova, a boa notícia, que os primeiros mensageiros tinham tanta urgência em entregar resume-se num grito de espanto e maravilha

¡ RESSUSCITOU !

ou, se o caro leitor o preferir, em meia dúzia de palavras

Ressuscitou e nós vimo-Lo, ouvimo-Lo, palpámo-Lo, comemos com Ele!

Note o caro leitor que na narrativa não há dogmas, doutrinas, padres, pastores, sacerdotes. Nada disso lá está, lá existe. O que lá está, e é isso que lá está mesmo, é a afirmação positiva, peremptória, de que se viu, ouviu e palpou. A afirmação positiva, peremptória de que se verificou empiricamente, experimentalmente, que o que era tido por impossível era, afinal, possível. Ressuscitou e vimo-Lo, ouvimo-Lo, palpámo-Lo, comemos com Ele! Não nos contaram, vimos, ouvimos, palpámos!


O que é então Evangelizar?

Bom, Evangelizar é transmitir a mensagem!

E a mensagem é ¡RESSUSCITOU!


Da Evangelização faz parte a transmissão dos nossos costumes?

Eu acho que não.

Se nós comemos com garfo-e-faca e aqueles a quem transmitimos a mensagem comem com pauzinhos vamos obrigá-los a comerem com garfo-e-faca, ou a mudarem de nome, ou outra coisa qualquer? 

Eu acho que não.

Mais! Eu acho que isso é Colonização Cultural, não Evangelização!

Até pode acontecer que queiram mudar dos pauzinhos para o garfo-e-faca, ou mudar de nome, ou mudar de língua, ou mudar outra coisa nas suas vidas individuais ou colectivas… Só que isso é um problema deles, fa-lo-ão se o quiserem fazer, ao mensageiro só compete transmitir a mensagem.



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11 de dezembro de 2018

Um curioso livro



Um curioso livro …
… que sobrepõe as crises de Portugal nos séculos XVI-XVII e XX-XXI.

A imprensa foi uma criação do demo. Agora todos se arrogam o poder de copiar e propagar a sua palavra. Cada vexado, cada poeta, cada infiel! É uma ameaço à ordem d’el rei e da Santa Madre Igreja.

A internet foi uma criação do demo. Agora todos se arrogam o poder de copiar e propagar a sua palavra. Cada vexado, cada poeta, cada infiel! É uma ameaço á ordem do governo e da União Europeia.

A imprensa, ou a internet, como criações do demo. A incompetência, materialismo e oportunismo dos governantes. O peso opressivo de um pensamento dominante autista. A institucionalização da vigilância, e da punição, do pensamento não conforme com o pensamento dominante. Tudo isso é claramente reconhecível. Tudo isso e muito mais.

“Tu, que sabes dos meus fados, dizes que eu… morro com a Pátria?

Poderia ter acontecido, mas não aconteceu.

A Pátria refundou-se, e já por duas vezes!



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Referências


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9 de dezembro de 2018

8 de dezembro de 2018

Coletes Amarelos e Violência Estrutural

Inside Alcatraz Prison – row of bars and cells.
leezsnow / Getty Images

A propósito da Crise dos Coletes Amarelos veio-me à mente Noção de Violência Estrutural.

Avenue de la Grande Armée, les #Giletsjaunes sont pris en étau entre les forces de l’ordre
qui les empêchent de monter vers Etoile et de redescendre vers Porte Maillot.
France Bleu Paris tweet

E veio-me á mente Noção de Violência Estrutural porque me pareceu evidente que as pessoas estavam presas. Presas na Estruturano Sistema, não em Alcatraz, mas presas.

Mas, perguntarão: O que é a Violência Estrutural?

Cito em Inglês, traduzo depois para Portugês:
Structural violence refers to any scenario in which a social structure perpetuates inequity, thus causing preventable suffering. When studying structural violence, we examine the ways that social structures (economic, political, medical, and legal systems) can have a disproportionately negative impact on particular groups and communities.
Violência estrutural refere-se a qualquer cenário no qual uma estrutura social perpetua iniquidade, assim causando assim sofrimento evitável. Ao estudar a violência estrutural, examinamos as formas pelas quais as estruturas sociais (sistemas económicos, políticos, médicos e legais) podem ter um impacto desproporcionadamente negativo em determinados grupos e comunidades.

Os meios de comunicação social têm tornado muito claro ·que a Crise dos Coletes Amarelos é, por um lado uma Revolta Fiscal (Tax Revolt em Inglês): A população considera – e as estatísticas oficiais parecem confirmá-lo – que os impostos sobem, os rendimentos descem e o que lhes sobra após a exacção fiscal é cada vez menos. E, por outro lado, uma Revolta da Periferia: A população que ser revoltou parece ter sido a da periferia geográfica, ou económica, que consideram que as medidas que têm vindo a ser tomadas têm um impacto desproporcionadamente negativo sobre as suas vidas.



Origem do texto


Origem das figuras
  1. What Is Structural Violence? at ThoughtCo.
  2. Paris : Manifestation des gilets jaunes : encore des scènes d'affrontements au coeur de la capitale dans France Bleu.



Referências
  1. What Is Structural Violence? at ThoughtCo.
  2. Tax Revolts at Encyclopedia.com.



Etiqueta principal: Política.
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Rainha de Portugal



Oito de Dezembro

Dia  da Imaculada Conceição

Padroeira e Rainha de Portugal



Senhora do Almurtão



Origem do texto

Origem da figura




Referências
  1. A Imaculada Conceição e a história de Portugal em Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
  2. Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  3. Nossa Senhora do Almortão no Facebook.
  4. Virgem do Almortão no Facebook.
  5. Romaria de Nossa Senhora do Almortão em Município de Idanha a Nova.
  6. Romaria de Nossa Senhora do Almortão em Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
  7. Festejo de Nossa Senhora da Conceição encerra este sábado em O Imparcial.
  8. Oxum e Nossa Senhora da Conceição em Raizes Espirituais.
  9. Nossa Senhora da Conceição da Muxima em Plum Angola.
  10. Igreja da Conceição - Cidade Alta - Luanda em Tukayana,
  11. Sete Igrejas Históricas de Luanda em AngolaBela.
  12. Michel Giacometti & Fernando Lopes-Graça – “Sra do Almortão” (Idanha-a-Nova) Regional das Beiras em YouTube.
  13. Senhora do Almortão / Canto, música. Filmado em Idanha-a-Nova, em colaboração com a Biblioteca Municipal de Idanha e com o apoio do Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas / MC. em YouTube.
  14. José “Zeca” Afonso - Senhora do Almortão em YouTube.



Etiqueta principal: Política.
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2 de dezembro de 2018

Não queremos ser servos da China

A imagem representa a partilha da China no século XIX,
retratando uma China (1) assustada face aos avanços dos
britânicos (2), alemães (3), russos (4), franceses (5)
e, inclusivamente, da nova potência do Oriente, o Japão (6). 



Não queremos ser servos da China … 
… queremos que a China seja nossa serva

Um bom exemplo da arrogância, chauvinismo, racismo dissimulado e irrealismo de um representante local da Cultura Galo-Romano-Germânica, impropriamente dita Cultura Europeia, ou Cultura Ocidental.

Segue o texto.


Não queremos ser servos da China

Por Vicente Jorge Silva no Público a 2 de Dezembro de 2018, às 07:00

Portugal prepara-se para receber na próxima semana em visita oficial o Presidente chinês, Xi Jinping, enquanto crescem os sinais de que poderemos vir a ser a principal porta de entrada da China na Europa (apenas a Finlândia nos ultrapassa neste momento). E, a propósito disso, multiplicam-se as análises e projecções económicas, em geral muito optimistas, sobre o papel que poderemos desempenhar como aliados da segunda maior potência económica à escala global, com um ímpeto capaz de a colocar na liderança já em 2030.

Sintomaticamente, a secretária de Estado do Turismo lançou um desafio sem rodeios ao maior grupo tecnológico chinês, Alibaba, correspondendo à operação de charme encenada há dias por aquele grupo em Portugal: "…por favor, usem-nos, como porta de entrada, como cobaias, para testar a forma de entrarem na Europa". Não há aqui lugar para subtilezas ou precauções que, pelo menos, nos salvem a face do desejo de querer ser, à viva força, o cavalo de Tróia da China na União Europeia. Aliás, as considerações de ordem meramente económica – em que assumimos o papel de pequeno e alegre satélite do expansionismo chinês – predominam sobre quaisquer outras, nomeadamente as de carácter político. De política é, de resto, o que não se fala de todo nas duas páginas que o Expresso de ontem consagra ao investimento chinês em Portugal. Entrevistado por aquele semanário, Peter Williamson, professor de gestão em Cambridge, tem mesmo uma afirmação lapidar: "Portugueses são pragmáticos como os chineses".

É esse pragmatismo que nos leva a varrer para debaixo do tapete quaisquer considerações "irritantes" que possam comprometer a auspiciosa lua-de-mel luso-chinesa. Ora a China não é um país qualquer e as relações de força de um pequeno país como Portugal com a segunda (e, a breve prazo, primeira) economia do globo são, desde logo, profundamente desequilibradas e desiguais, condicionando de modo radical a soberania portuguesa. Acresce ainda este factor decisivo: a China é uma implacável ditadura de partido único, que se tem vindo a tornar cada vez mais repressiva de quaisquer formas de dissidência sob o reinado (ou, mais precisamente, o império) de Xi Jinping. Aliás, a grande "originalidade" chinesa é a de mostrar a compatibilidade de um regime político totalitário com o mais desbragado sistema capitalista (enquadrado, claro, pela hierarquia do Partido Comunista).

Lembram-se de O Fim da História, de Francis Fukuyama? Aí se preconizava, depois da queda do muro de Berlim, o inelutável casamento, em todas as latitudes e para além dos regimes vigentes, entre o mercado livre capitalista e a democracia liberal. Pois bem, foi o seu contrário que acabou por triunfar, pelo menos na China. E quanto mais o capitalismo chinês se expandiu e internacionalizou, mais a ordem política sob a tutela de um partido único – e comunista! – se tornou monolítica e opressiva. Quer então isto dizer que é impossível qualquer pragmatismo no plano dos negócios entre Portugal e a China? Não, certamente, mas desde que se tenha a perfeita noção das relações de força entre o gigantismo chinês e a pequenez portuguesa – ou que a tentação traiçoeira dos bons negócios não subverta a liberdade e a soberania de quem se encontra mais exposto à condição de "cobaia" ou de servo, como é o nosso caso.

O deslumbramento "pragmático" pelos bons negócios pode ser o caminho mais curto para a servidão – e esse é um risco real nas relações de Portugal com a China. A expansão da rede desses negócios, já implantados em áreas nucleares como a energia, a banca, os transportes, os seguros ou a saúde, para outros domínios mais directamente expostos à interferência política (como os media), tem de preservar o bem mais precioso entre todos: a democracia.



Origem dos textos

Origem da figura


Referências
  1. Vicente Jorge Silva em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  2. Século de humilhação em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  3. Acordo Luso-Chinês de 1554 em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  4. Macau em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  5. Macaense em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  6. Relações China-Portugal | Tese conclui que Portugal não tem estratégia definida em Hoje Macau.
  7. Trinta Anos de relações diplomáticas luso-chinesas e Dez Anos sobre a transferência da administração de Macau para a China em Negócios Estrangeiros.


Etiqueta principal: Política.
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1 de dezembro de 2018

Minha Pátria é a Língua Portuguesa

lusofonia estatal



Estimativa da população dos nove estados de língua oficial portuguesa em 2018, 2030 e 2050.


Minha pátria é a lingua portuguesa escreveu Fernando Pessoa.

Minha pátria é minha língua escreveu e cantou Caetano Veloso.

Mas seja a língua portuguesa fátria, mátria, pátria, o facto é que é hoje a língua oficial de nove estados que, no seu conjunto, possuem uma população total estimada de cerca em trezentos milhões de almas, que se encontra em crescimento.


estimativa das populações em valor absoluto


Estimativa das populações de Portugal, Brazil, Ex-colónias e PALOPs em 2018, 2030 e 2050.

Nos gráficos acima e abaixo Portugal é Portugal; Brazil é o Brasil; Ex-colónias – os territórios que foram vítimas da descolonização de 1974-75 – são Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste; PALOPs – os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – são Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Portanto as Ex-colónias incluem Timor Leste mas não a Guiné Equatorial e os PALOPs incluem a Guiné Equatorial mas não Timor Leste


estimativa das populações em valor relativo


Estimativa das populações de Portugal, Brazil, Ex-colónias e PALOPs em 2018, 2030 e 2050.


2018


Estimativa das populações, por território, em 2018.


2030


Estimativa das populações, por território, em 2030.


2050


Estimativa das populações, por território, em 2050.


lusofonia não estatal


É sabido que existem territórios cujas populações têm a Língua Portuguesa, ou um dos seus muitos Crioulos, como língua materna.

É também sabido que a Língua Portuguesa está expandindo para os estados limítrofes dos que a têm como língua oficial.

Tanto quanto é do meu conhecimento, este fenómeno não está estudado, menos ainda quantificado. 


conclusão


Não faço ideia do que levou António de Oliveira Salazar a afirmar que Portugal não é um país europeu e tende cada vez mais a sê-lo cada vez menos., mas, tivesse sido o que tivesse sido, parece-me que acertou em cheio.



Origem do texto e das figuras
  • Álvaro Aragão Athayde em coisas & loisas.


Referências
  1. A minha pátria é a língua portuguesa por Fernando Pessoa em Wikisource.
  2. Minha Pátria é a língua portuguesa por Arnaldo Saraiva em Portal de Periódicos da UFPB.
  3. Língua por Caetano Veloso em Letras.mus.br.
  4. A canção “Língua” de Caetano Veloso – um minucioso tratado da Língua Portuguesa por Luisa Bertrami D'Angelo em NotaTerapia.
  5. Língua portuguesa em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  6. 2018 World Population by Country at World Population Review


Etiqueta principal: Geopolítica.
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30 de novembro de 2018

Questões Orçamentais

Portugal: Carga Fiscal em 2017.



Acompanhei de longe, muito de longe, o debate e aprovação do Orçamento de Estado Português para 2019.

E conclui…

Que os impostos só deveriam poder ser alterados de cinco em cinco anos!

Cada cinco anos o Executivo em Funções proporia um Plano Fiscal Quinquenal, plano que seria discutido e aprovado pelo Legislativo em Funções, promulgado pelo Chefe de Estado em Funções, publicado no Jornal Oficial e executado, ao longo do quinquénio. pelos Executivos em Funções.

E durante os cinco anos de vigência do Plano Fiscal Quinquenal os Executivos em Funções executariam o Plano Fiscal Quinquenal aprovado, os Legislativos em Funções fiscalizariam a dita execução, e os impostos não sofreriam modificações!

Este seria o Grande Princípio, princípio que poderemos designar de Princípio da Estabilidade Fiscal.

Depois, e sem negar nem ofender o Princípio da Estabilidade Fiscal, poder-se-ia introduzir uma cláusula de salvaguarda: permitir-se-ia a Revisão Extraordinária do Plano Fiscal  Quinquenal caso ocorressem eventos realmente extraordinários, eventos que tornassem obsoleto o Plano Fiscal em execução.

Suponho que não necessito de explicar em detalhe porquê cheguei a esta conclusão…



Origem do texto
  • Álvaro Aragão Athayde em coisas & loisas.


Origem da figura


Referências
  1. Os 10 Melhores Estados Para Estabilidade Fiscal em pt.RipleyBelieves.com.
  2. Os 10 Piores Estados Para Estabilidade Fiscal em pt.RipleyBelieves.com.


Etiqueta principal: Política.
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24 de novembro de 2018

Desastre em Borba

Desastre em Borba


From: Alfa 
To: Beta 
Date: terça, 20/11/2018 à(s) 17:17 
Subject: Ministério Público abre inquérito a queda de estrada em Borba 

Beta, 
Viste esta notícia e as fotos aéreas? Dá-me a impressão de que a estrada estava sobre um “muro” entre dois enormes buracos. Como é possível? 
Abraço, 
Alfa 
Ministério Público abre inquérito a queda de estrada em Borba 


From: Beta 
To: Alfa 
Date: terça, 20/11/2018 à(s) 23:35 
Subject: Re: Ministério Público abre inquérito a queda de estrada em Borba 

Olá, Beta 

Como calculas não sabia nada disto de Borba e até admito já ter andado levianamente  nesse trecho, precisamente quando acompanhei a Gama a visitas a pedreiras em Borba, Vila Viçosa e Alpalhão. 

Eu desconfio, talvez sem razão, que as pedreiras se foram aproximando da estrada… e quem vê a cara não vê o coração e com tanta rocha à volta houve, creio, o errado pensamento de que pisavam rocha, i.e. risco zero. 

A Gama telefonou para um amigo na Universidade de Évora, ex-aluno, que lhe disse que havia dois Relatórios chamando a atenção para perigo, mas eu estou careca de ouvir falar de Relatórios que dizem que Monchique pode arder, que o movimento de uns blocos do quebra-mar Oeste de Sines merecia atenção, que retirar a areia próximo de Entre-os-Rios fazia perigar a fundação, que árvores apodrecem disfarçadamente e ao cair matam, que banqueiros em roda livre são criminosos, etc. 

Quero dizer, após os factos há sempre quem tenha salvaguardado a consciência ou, em brasileiro, tirado o cu da recta, porque escreveram qualquer coisa, qualquer merda de um “I told you so”. Lutarem, ao ter obtido esses dados, para que algo se faça, é que vejo pouco. 

A seguir todos pedem responsabilidades, aos técnicos anónimos, aos autarcas e ao Estado e aventam mil teorias de corrupção. 

Eu olho para trás e vejo o quê: os técnicos experientes e muito mal pagos do Estado (falo de engenheiros e alguns economistas) foram impedidos de fazer projeto para o Estado porque prejudicaria as empresas privadas (um pouco como médicos exercendo em hospital público), deixaram de fazer fiscalização porque quebrariam a Ética retirando mercado aos privados e o Estado mediocrizou. 

E eu julgo isto: os portugueses adoram criticar funcionários públicos, exceto no dia que lambem as botas do professor que lhes admita ilegalmente um filho, do médico que atenda um familiar não inscrito e passe umas receitas “irregulares”, do administrativo que o coloque à frente da fila. 

E aplaudem cortes nos Serviços do Estado, sejam  nas Obras Públicas, na Saúde Pública, na Segurança, ou na Educação … desde que haja mais auxiliares nas escolas, mais capacidade para aceitar alunos deficientes dos mais variados graus, menores filas para as cirurgias, mais apoio para os campeonatos de surf e badmington, muito apoio para a cultura e eliminação da corrupção. E aplaudem cursos mais curtos, menos exames, maior percentagem de canudos inúteis para brandir nas estatísticas. E protestam com as consequências. 

Como eliminar a corrupção se não há mais técnicos experientes na Administração, se não sabem fazer Projeto e portanto não sabem fazer Cadernos de Encargos, só os copiam e mal, porque são feitos em Escritórios de Advocacia, Se nem fiscalizar sabem. Se é nas entrelinhas dos CE que se escondem as maracotaias e se a fiscalização se entrega a privados, contratados por incompetentes. Se os incompetentes acabam por ser vulneráveis a uns almoços, umas caixas de whisky e a umas “viagens de estudo”, para não tocar nos Laboratórios Médicos, é de admirar? 

Então deixa-me terminar a minha bílis: cansei do Ministério Público, voraz conjunto de abutres inimputáveis. Cansei de Magistrados acumuladores de privilégios mais ou menos flagrantemente anti-éticos, provenientes de uma massa de medíocres e incultos formandos do Centro de Estudos Judiciários a fazerem greve o Espírito Santo saberá porquê. Ontem vi umas imagens de um mini-plenário de Lisboa, quero esquecer. 

E aí está a Quadratura do Círculo: desmoralização e desguarnecimento de quadros técnicos, cultura de tirar o supradito da recta, orçamentos em que obras “invisíveis” [reforçar fundações ou quebra-mares, olhar muros de suporte (passo em Caxias a rezar o Credo), restaurar vias férreas e veículos e FAZER MANUTENÇÃO] não atraem apoio do nosso superficial eleitorado, menos ainda dos mui ilustres Advogados da nossa AR, e não permitem, de facto e em geral, evitar estas tragédias. 

Às vezes sim. Um Autarca atento, com dois Técnicos capazes e amantes da terra, capazes de ouvirem e lerem um ou outro Relatório e de mandarem fazer estudos e se empenharem mais acima podem ter resultados. Ou não, mas neste caso, podem interditar estradas, proibir o funcionamento de fábricas, ser profilácticos e irem à luta. 

Será que todas as nossas barragens estão mesmo seguras? Será que podem atingir a cota máxima? E não atingindo … isso chegará? 

O Mineiro Alves diz coisas. Os Bastonários dizem coisas, mas a realidade, quanto a mim, exigiria Associações de Técnicos com intervenção política séria, apartidária nas propostas técnicas, não estes Grémios com microfone perto da boca. O LNEC saberia, mas foi aburguesado e remetido à função de se auto-financiar e a espasmos de pouca relevância. Sabe mas não pode. A OE é uma instituição irrelevante em questões sérias que resolveu aceitar os engenheiros com apenas 3 anos de formação para enfraquecer a Ordem dos Engenheiros Técnicos: tamanho é poder e idiotice não conhece limites na instrução! 

Neste quadro, … gerimos o quotidiano: culpamos as vítimas, exigimos responsabilidades, queremos menos funcionários públicos e temos sorte mesmo que o 1.º ministro seja bunda-mole, sem a qual não seria 1.º ministro. 

Não respondi, pois não? Aquela estrada devia estar interdita há anos. A exploração daquelas pedreiras devia estar limitada desde o início. A colocação de grandes superfícies na estrada Borba-Vila Viçosa só não causou mais vítimas porque Deus deixou recentemente de ser brasileiro, mas gosta da lusofonia e está temporariamente por estas bandas.

Beta 


From: Alfa 
To: Old Boys 
Date: terça, 20/11/2018, às 23:52 
Subject: Fwd: Ministério Público abre inquérito a queda de estrada em Borba 

Excertos de uma mensagem de um engenheiro civil, catedrático jubilado, com enorme experiência profissional, e que curiosamente chegou a trabalhar com o meu pai. 

Alfa 



Origem do Texto
  • Alfa e Beta em Old Boys Network.


Origem da Imagem



Etigueta Principal: Engenharia.
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23 de novembro de 2018

João Maria José, o Rei Tropical


Alegoria à chegada do príncipe D. João ao Brasil.



João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança (Lisboa, 13 de Maio de 1767 – Lisboa, 10 de Março de 1826), o Rei Tropical, foi:
  1. Infante de Portugal de 13 de Maio de 1767 a 11 de Setembro de 1788.
  2. Príncipe do Brasil de 11 de Setembro de 1788 a 16 de Dezembro de 1815.
  3. Regente do Reino de Portugal e etc. de 10 de Fevereiro de 1792 (informalmente até fins de 1799) a 16 de Dezembro de 1815.
  4. Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 16 de Dezembro de 1815 a 20 de Março de 1816.
  5. Regente do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 16 de Dezembro de 1815 a 20 de Março de 1816
  6. Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 20 de Março de 1816 a 7 de Setembro de 1822 (data da proclamação da Independência do Brasil por Pedro de Alcântara de Bragança e Bourbon, Príncipe Real do Reino Unido de Portugal e Regente do Reino do Brasil), ou a 29 de Agosto de 1825 (data do Tratado do Rio de Janeiro (1825).
  7. Rei do Reino de Portugal e Algarves de 7 de Setembro de 1822, 29 de Agosto de 1825 a 10 de Março de 1826.
  8. Imperador Titular do Brasil de 29 de Agosto de 1825 a 10 de Março de 1826.

Infante Dom João, circa 1785.
João Maria José, o Rei Tropical, foi pai de: 
  1. Maria Teresa Francisca de Assis (1793 – 1874), casada, em primeiras núpcias, com Pedro Carlos de Bourbon e Bragança (1810 – 1812), Infante de Portugal e de Espanha, em segundas núpcias, com Carlos María Isidro de Borbón (1788 – 1855), Infante de Espanha e primeiro Pretendente Carlista ao Trono de Espanha, sob o nome de Carlos V; com descendência do 1.º casamento.
  2. Francisco António Pio (1795 – 1801), Príncipe da Beira; sem descendência.
  3. Maria Isabel Francisca de Assis (1797 – 1818), casada com Fernando, Rei de Espanha (7.º desse nome); uma filha natimorta.
  4. Pedro de Alcântara (1798 – 1834), Imperador do Brasil (1.º desse nome) e Rei de Portugal (4.º desse nome), casado em primeiras núpcias com Maria Leopoldina de Áustria, em segundas núpcias com Amélia de Leuchtenberg; com descendência.
  5. Maria Francisca de Assis (1800 – 1834), casada com Carlos María Isidro de Borbón (1788 – 1855), Infante de Espanha e primeiro Pretendente Carlista ao Trono de Espanha, sob o nome de Carlos V; com descendência.
  6. Isabel Maria da Conceição (1801 – 1876), não casou; sem descendência.
  7. Miguel Maria do Patrocínio (1802 – 1866),casado com Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg; com descendência.
  8. Maria da Assunção (1805 – 1834), não casou; sem descendência.
  9. Ana de Jesus Maria (1806 – 1857), casada com Nuno José Severo de Mendoça Rolim de Moura Barreto, Conde de Vale de Reis (9.º),  Marquês de Loulé (2.°) e Duque de Loulé (1.º); com descendência.
Nota: Na lista supra o com descendência significa-se com com descendência no matrimónio referido. É importante sublinhá-lo porque ambos os manos, Pedro e Miguel, tiveram descendência fora dos matrimónios canónicos que contrairam e, dizem, João, pai de ambos, também a teve.



Origem do texto


Origem das figuras
  1. Alegoria à chegada do príncipe D. João ao Brasil [Domingos Sequeira. Òleo sobre tela. Século XIX] em Uma coleção de retratos do Rei D. João VI e em Wikimedia Commons.
  2. Retrato do Infante D. João [Escola Portuguesa. Òleo sobre tela. Circa.1785] em Uma coleção de retratos do Rei D. João VI e em Wikimedia Commons.


Referências
  1. João VI de Portugal em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  2. Infante de Portugal em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  3. Príncipe do Brasil em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  4. Lista de regentes de Portugal em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  5. Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  6. Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  7. Tratado do Rio de Janeiro (1825) em Wikipédia, a enciclopédia livre.
  8. Império à Deriva em Goodreads.


Etiqueta principal: História.
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