Um fidalgo, um filho-de-algo, é alguém que é filho – filho, neto, bisneto, trisneto, enésimo-neto – de uma pessoa (outra pessoa, o antepassado) que é, ou foi, importante no seu tempo porque tinha algo em bens, poder, prestígio, ou outra coisa qualquer.
E Portugal é um país de fidalgos!
Temos os Fidalgos da Monarquia, que durou mais de sete séculos, e temos os Fidalgos da República, que dura há pouco mais de um século.
Nos Fidalgos da Monarquia temos os de Antiga Linhagem e os Novecentintas.
Nos Fidalgos da República temos os da Primeira República (do Cinco de Outubro), os da Segunda República (do Vinte e Oito de Maio) e os da Terceira República (do Vinte e Cinco de Abril).
E, curiosamente, os mais recentes são os menos preocupados com os injustos privilégios de sangue e de casta e os mais convencidos de que o Estado, o Soberano, os deve sustentar.
E vem todo este arrazoado a propósito da recente remodelação governamental, dos fidalgos que já lá estavam e dos fidalgos que para lá foram.
Origem da imagem: Vestido de noiva e Farda de Cavaleiro-Fidalgo da Casa Real, 1902.
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