A Escrava de Córdova |
A Escrava de Córdova
de
Alberto S. Santos
prefácio
de
José Rodrigues dos Santos
A acção decorre entre
- 976, data dos nascimentos de Ouroana em Anégia e de Abdus em Córdova,
- 1002, data do nascimento da filha de ambos em Anégia,
e o romance pode ser lido como uma metáfora do Nascimento da Alma de Portugal.
Ouroana era filha de Múnio Viegas de Riba-Douro, o Gasco, e de Valida Trutesendes, filha de Trutesendo Guedes, fundador do Mosteiro de Paço de Sousa.
Abdus era filho de ‘Isà ibn Sa’id al-Yahsubi al-ahass, secretário, de Muhammad Ibn Abi Amir, também conhecido por Abiamir, ou por Almançor.
O ano de 976 foi também o do falecimento de do Califa de Córdova Al-Hakam II, da entronização do seu filho, então com dez anos, Al-Hisham II e da tomada do poder por Almançor.
O ano de 1002 foi também o da última campanha de Almançor e o do seu falecimento na Batalha (mítica ou real) de Calatañazor.
Vivilde, a sábia criada-parteira de Valida, personifica a Tradição Ofiúsica e Helénica, Rosendo Guterres, o santo Abade do Mosteiro de Celanova, Ourense, personifica a Tradição Cristã Hispânica, Ben Jacob, o alegre almocreve judeu, personifica a Tradição Sefardita, Ibn Darrâj al-Qastalli, o poeta sufi, personifica a Tradição Islâmica Hispânica, Ermígio, o guardião-viajante, personifica o Zé Povinho, também personificado por Álvaro, o Pedreiro, salteador, canteiro, escultor e mestre-de-obras.
Campanhas militares de Almançor. A verde escuro os territórios por ele fustigados. O mapa mostra as principais razias de Almançor e os anos em que elas ocorreram. |
A ambição, impiedade e soberba de Almançor foram fatais ao Al-Andalus. Atacando os Santuários, uniu os Cristãos, substituindo-se ao Califa, dividiu os Maometanos.
Faleceu em 1002 e a guerra civil, a Fitna do al-Andalus começou sete anos depois, em 1009, e durou 22 anos, até 1031, data em que o Califado foi definitivamente abolido.
Seguiu-se, de 1031 a 1085, o Período das Primeiras Taifas, ou Reinos de Partido, período durante o qual no Garb al-Andalus, no Ocidente das Hespanhas, se foram criando as condições que deram origem ao Reino de Portugal.
Nota
A ideia de que a Jiade, ou Jihad (em Árabe: جهاد; transliteração: jihād) que significa “esforço” ou “luta”, especialmente tendo em vista um objetivo louvável, consiste fundamentalmente em fazer a Guerra aos Não-Maometanos em geral, aos Cristãos em particular, é uma ideia errada.
Referências
01. A Escrava de Córdova by Alberto S. Santos • Goodreads
02. Alberto S. Santos • Wikipédia, a enciclopédia livre
03. José Rodrigues dos Santos • Wikipédia, a enciclopédia livre
04. Anégia • Wikipédia, a enciclopédia livre
05. Córdova (Espanha) • Wikipédia, a enciclopédia livre
06. Monio Viegas I de Ribadouro • Wikipédia, a enciclopédia livre
07. Casa de Riba Douro • Wikipédia, a enciclopédia livre
08. Trocosendo Guedes • Wikipédia, a enciclopédia livre
09. Casa de Baião • Wikipédia, a enciclopédia livre
10. Mosteiro de Paço de Sousa • Wikipédia, a enciclopédia livre
11. Almançor • Wikipédia, a enciclopédia livre
12. Aláqueme II • Wikipédia, a enciclopédia livre
13. Hixem II • Wikipédia, a enciclopédia livre
14. Batalha de Calatañazor • Wikipédia, a enciclopédia livre
15. Rosendo Guterres, o santo, e Ibn Darrâj al-Qastalli, o poeta, são históricos
16. Al-Andalus • Wikipédia, a enciclopédia livre
17. Guerra civil do al-Andalus • Wikipédia, a enciclopédia livre
18. Primeiros Reinos de Taifas • Wikipédia, a enciclopédia livre
19. Desunião em al-Andalus: O Período das Taifas • Iqara Islam
20. Shilb (Silves) no período islâmico – a “Bagdad do Ocidente” • Natália Maria Lopes Nunes
21. Cronologia do Gharb Al-Andalus • Histórias de Portugal em Marrocos
22. O que é Jihad ou Guerra Santa? • Iqara Islam
Origem das imagens
1. A Escrava de Córdova, Alberto S. Santos • Porto Editora
2. File:Map Almanzor campaigns-pt.svg • Wikimedia Commons
Etiqueta principal: Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário