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31 de março de 2019

Filhos da Terra: Portugueses de Além Mar



António Manuel Hespanha publicou recentemente o livro Filhos da Terra: Identidades Mestiças nos Confins da Expansão Portuguesa, obra cuja leitura recomendo vivissimamente a todos os Portugueses, Metropolitanos e Ultramarinos, a todos quantos com os Portugueses, Metropolitanos e Ultramarinos, partilham a Língua Portuguesa e a Cultura Lusística, e, também, a todos os estudiosos das Línguas, Culturas e Histórias de Portugual e dos Mundos que o Português Criou.


E a propósito deste livro, bem como da recente e mui interessante conferência Goa e Portugal: Um passado sem futuro?, proferida por Jason Keith Fernandes – um Filho da Terra, nascido em Goa, na actual da República da Índia, da qual é cidadão –, lembrei-me de recuperar:
  1. O cartaz Português Mazombo que publiquei às 20:43 de 01 de Abril de 2017 no meu descriado Facebook Profile Álvaro Aragão Athayde.
  2. A dissertação de mestrado Filhos da terra: a comunidade macaense, ontem e hojedefendida por Alexandra Sofia Rangel na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 2010, dissertação em que se baseou um livro com o mesmo título posteriormente publicado pelo Instituto Internacional de Macau. 
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PORTUGUÊS MAZOMBO
Por Álvaro Aragão Athayde no seu (descriado) Facebook Profile a 01 de Abril de 2017, às 20:43.

Eu falo, tu fales, ele fale, nós falimos, vós falis, eles falem.

Deste o Tempo dos Filipes que os Reinóis buscam ser Politicamente Correctos – correcção política que, por vezes, atinge a Quadradice e a Apagada e Vil Tristeza do Medo de Viver –, coisa que não acontece com os Mazombos (¡Graças a Deus!), como este texto bem demonstra.

Pátio do Carmo, Recife, Pernambuco, Brasil.

CENTENO, AGORA, EU PUNHA-O MINISTRO DA GRAMÁTICA
Por Ferreira Fernandes 
em Diário de Notícias a 31 de Março de 2017, 00:00 

Não sei se deram conta mas a crise financeira mundial já vai para dez anos. É muito ano embebido em défices (números), consumo público (números), taxa de desemprego (números)… Aturdo com tantos algarismos e com aquela mania da vírgula entre eles para fingir exatidão. Pergunto: quando reavo o tempo perdido a comparar as centésimas campeãs do PIB de 1989 e de 2016?

Se eles, os números, tiveram direito à picuinha e aos cuidados intensivos, porque não vamos agora combater os verbos defectivos? Também eles, como o nome indica, com defeitos, como a nossa economia. Mas, ao contrário desta, sem esforços nem do governo nem da iniciativa privada para os resolver. Não entendo porque ainda há verbos mancos, com tempos para uns (para ele, nós e vós) e não para mim. Pois eu abulo essa mania, como vós abolis, sei lá, o direito de me reformar aos 50 anos. Há vida para lá do défice da balança de pagamentos; e há também verbos com défices que deveriam acabar.

Para as maleitas dos números há um Ministério da Economia e outro das Finanças – mas não há nenhum Ministério da Gramática. Como estamos formatados para as coisas das quantias, deixem-me tentar explicar o drama dos verbos defectivos com um exemplo que o Centeno domina. Um verbo defectivo é como aquele que me impede, se caio em bancarrota, de dizer: “Eu falo.” Já dizer “nós falimos” ou “vós falis”, posso. Quer dizer, nunca assumo a minha culpa na falência. Para mim, ela é sempre de outros ou, no mínimo, distribuo a minha culpa com outros.

O verbo falir – que é defectivo, quer dizer, não é conjugado em determinadas pessoas e tempos verbais – por acaso até é um dos melhores exemplos para mostrar como a gramática deveria ser tão acarinhada como o combate à corrupção. Está bem, não lhe deem um ministério, mas façam pelo menos uma ASAE para perseguir os verbos mancos que nos corrompem a linguagem. Um verbo defectivo é como o tabaco: lança uma nuvem para espalhar as culpas. Se não posso dizer “eu falo”, estou como o Marques Mendes quando juntou o Ricardo Espírito Santo aos investidores com cem euros de ações do BES. Todos no banco mau.

No devido momento, que é o tempo presente do indicativo, com a falência a quente, nunca ouvimos o Espírito Santo dizer: “Eu falo.” Ou alguém dizer ao Oliveira Costa: “Tu fales.” Essas exatas culpas não existem na nossa língua. Ao falir, na melhor das hipóteses de haver confissão, naufragamos juntos: “Nós falimos.” Quando a coisa estiver a ficar esquecida talvez já possamos ouvir o Alves dos Reis, 90 anos depois do Banco Angola e Metrópole, dizer no pretérito perfeito: “Eu fali.”

Os verbos defectivos dão desculpas manhosas para explicar os seus defeitos. Eles explicam a inexistência de uma sua determinada conjugação para não se confundir com um verbo usado mais frequentemente: no exemplo do “eu falo”, no sentido da bancarrota, seria para não nos baralharmos com o verbo falar. Nos tempos em que o antigo “pára”, de parar, se transformou em “para”, o argumento é pífio. Em outros casos, os verbos defectivos explicam-se por a flexão abolida soar de forma desagradável. Como aqueles meus “aturdo” e “reavo” do primeiro parágrafo, que não existem e deviam existir. Vejam dois verbos sinónimos: retorquir e retrucar. Este não é defectivo e tem a conjugação completa, por exemplo diz-se “ele retruca.” Já o defectivo retorquir impede o “ele retorque”. Pois eu retorquirei até que a voz me doa que o proibido “ele retorque” soa muito mais decente do que o “ele retruca”, tão evocador de truca-truca.

Aqui chegado, decido ser mais radical. Já não quero um departamento tipo ASAE que cuide das mazelas dos verbos mancos, falhados, incompletos. Por mim, abulo os verbos defectivos todos. Eles precisam mesmo de um Ministério da Gramática que prepare a comissão liquidatária. Acabar com eles: cada buraco de conjugação em determinadas pessoas, tempos e modos verbais será preenchido pela palavra que vai de si. Millôr Fernandes, mestre das palavras, não hesitou quando fez uma peça teatral onde falava de computar. Titulou a obra: “Computa, computar, computa.” E, apesar do que dizem certas gramáticas e gramáticos, aquele verbo passou a ser completo e não defectivo.

Os portugueses deixam as lacunas nos verbos continuar porque cedem perante a primeira dificuldade. Quem debate na televisão não diz “eu brando este argumento” com receio de que o tomem por mole. Como há dúvidas sobre a primeira pessoa do presente do indicativo, ninguém diz “eu esculpo”, mas depois os escultores madeirenses fazem o que fazem… O gerente da loja mete-se por um longo discurso e agarra-se ao gerúndio – “ressarcindo o cliente sei que Vexa. vai satisfeito…” – quando devia dizer, tão-só: “Claro, a loja ressarce!”, que infelizmente ainda não existe.

Mas vai passar a existir, não vai? Reparem, o verbo agir é muito mais antigo do que o verbo emergir, não é? Andamos a agir pelo mundo fora há mais tempo do que existem aulas de natação e bodyboard na Nazaré… Está aí a explicação: já há “eu ajo” que fez do agir um verbo completo. Mas no emergir não há meio de aparecer os “eu emirjo” e os “que vós emirjais”… Mas um dia eles virão à tona, não é? Se não vierem, eu coloro a minha vida de cinzento, carpo, exauro de tristeza, enfim, bano das minhas relações quem fale de forma defectiva.

Ler o original e os comentários dos leitores em
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/ferreira-fernandes/interior/centeno-agora-eu-punha-o-ministro-da-gramatica-5760931.html
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MAZOMBO
Origem: Wikipédia, o dicionário livre.

1.
brasileiro, filho de pais europeus, especialmente portugueses do período colonial (contrastavam com os reinóis, nascidos na metrópole que posteriormente imigraram), ou pessoas culturalmente e etnicamente europeias nascidas no Brasil em geral.

Esta página foi modificada pela última vez à(s) 02h37min de 12 de Novembro de 2012.
https://pt.wiktionary.org/wiki/mazombo
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MAZOMBO
Origem: Dicionário inFormal. 
O dicionário onde o português é definido por você!

1.
Era a a forma depreciativa pela qual os portugueses nascidos no reino (reinóis) denominavam os filhos de portugueses nascidos na colônia.

2.
O têrmo mazombo significa : tristonho; taciturno; sorumbático; carrancudo; macambúzio; mal humorado. etc.

Esta página foi consultada às 14h51min de 1 de Abril de 2017.
http://www.dicionarioinformal.com.br/mazombo/
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“O MAZOMBO” - ENSAIO por Rosa Sampaio Torres
Origem: Blogue de Rosa Sampaio Torres.

(palavra de origem africana significando tristonho, taciturno, sorumbático, carrancudo, macambúzio, mal humorado).

       No século XVII o adjetivo “mazombo” foi usado para qualificar os filhos de portugueses já nascidos na Colônia.  E o “mazombo”,  como substantivo, a partir daí foi percebido como aquele que taciturno e macambúzio necessariamente carregaria ressentimentos e até indignação, motivado pela convicção de que não vivia onde merecia viver.

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Esta página foi consultada às 15h27min de 1 de Abril de 2017.
http://rosasampaiotorres.blogspot.pt/p/o-mazombo-ensaio.html
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GUERRA DOS MASCATES
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A “Guerra dos Mascates”, que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco, é considerada um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil.

Confrontaram-se os senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e os comerciantes reinóis (portugueses da metrópole) do Recife, chamados pejorativamente de mascates. Quando houve as sedições entre os ‘mascates’ europeus do Recife e a ‘aristocracia rural’ de Olinda, os sectários dos mascates se apelidavam ‘tundacumbe’, ‘cipós’ e ‘camarões’, e os nobres e seus sectários, ‘pés rapados’ – porque quando haviam de tomar as armas, se punham logo descalços e à ligeira, para com menos embaraços as manejarem, e assim eram conhecidos como destros nelas, e muito valorosos, pelo que na história de Pernambuco, a alcunha de pés rapados é sinônimo de nobreza.

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Esta página foi modificada pela última vez à(s) 01h48min de 28 de Fevereiro de 2017.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Mascates
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GUERRA DOS MASCATES por José de Alencar
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

“Guerra dos Mascates” é um romance em dois volumes do escritor brasileiro José de Alencar. O livro entrou no prelo em 1871, como se vê na página de rosto, mas apenas em 1873 foi publicado e segundo o próprio Alencar: “ainda assim desacompanhado do outro tomo, que lhe serve de parelha”, que foi publicado em 1874.

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Esta página foi modificada pela última vez à(s) 16h48min de 31 de Março de 2017.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Mascates_(livro)
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GUERRA DOS MASCATES por José de Alencar
Origem: Goodreads.

‘Guerra dos Mascates’ tem como pano de fundo o conflito ocorrido em 1710 entre os comerciantes portugueses do Recife – os mascates – e os senhores de engenho de Olinda. Obra documentalmente cuidada e cheia de alusões à política do Império, enfoca o amor entre Nuno e D. Severa.

Esta página foi consultada às 15h57min de 1 de Abril de 2017.
https://www.goodreads.com/book/show/18753376-guerra-dos-mascates
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GUERRA DOS MASCATES por José de Alencar
Origem: Virtual Books.

Disponibilidade: Grátis para você para baixar agora!
Software Grátis requerido: Adobe Acrobat Reader

Esta página foi consultada às 14h26min de 1 de Abril de 2017.
http://www.virtualbooks.com.br/v2/ebooks/?idioma=Portugues&id=00047
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GUERRA DOS MASCATES por Miguel Real
Origem: Goodreads.

Miguel Real oferece-nos com A Guerra dos Mascates a narrativa de um confronto entre pequenos comerciantes e aristocratas que mobilizou a totalidade da população das cidades de Recife e Olinda no século XVIII.

Revoltados contra o poder dos mazombos – senhores todo-poderosos do Pernambuco, proprietários de engenhos de açúcar e herdeiros da elite que expulsou os Holandeses do território –, os mascates insurgem-se contra a exploração de que são vítimas e decidem fazer uma sublevação. Na linha da frente está Vidal Rabelo, cujo casamento com a nobre Leonor Barbalho foi impedido de consumar e que tudo fará para recuperar a «sua recém, recém, recém senhora», nem que seja raptando-a, se for preciso. A seu lado, entre tantos outros, perfilam-se Julinho Telles Fernandes, a corajosa Violante Dias e o grande lutador pela libertação dos escravos Lula Aparecido da Silva. Amor romântico e ódio colectivo, febre de fé e febre de dinheiro, dignidade social e vingança pessoal, conjugam-se na descrição de personalidades inesquecíveis do cândido ao malévolo para compor um romance deliciosamente irónico que confirma Miguel Real como um dos mais portentosos ficcionistas da actualidade.

Esta página foi consultada às 16h04min de 1 de Abril de 2017.
https://www.goodreads.com/book/show/18753376-guerra-dos-mascates
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A FRONDA DOS MAZOMBOS: 

Nobres contra Mascates, Pernambuco, 1666-1715 por Evaldo Cabral de Mello
Origem: Google Play.

Comprar livros no Google Play
Aceda à maior eBookstore do mundo e comece a ler hoje na Web, no tablet, no telemóvel ou no eReader.

Esta página foi consultada às 16h26min de 1 de Abril de 2017.
https://books.google.es/books?id=72jSAvuUAuoC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false
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A FRONDA DOS MAZOMBOS: 

Nobres contra Mascates, Pernambuco, 1666-1715 por Evaldo Cabral de Mello
Origem:  Goodreads.

Severino Lucena's review Aug 13, 2009 “it was amazing”:
Livro bastante interessante. Versa sobre a guerra dos mascates,um conflito de classes no Pernambuco colonial. Esplêndida reconstrução da realidade do período. O autor possui um vocabulário bastante sofisticado e nos brinda com documentos e relatos bastante minuciosos da época. Para qualquer um com interesse na história do Brasil colonial e até mesmo interessados em melhorar o vocabulário.

Esta página foi consultada às 16h33min de 1 de Abril de 2017.
https://www.goodreads.com/book/show/5142799-a-fronda-dos-mazombos
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PÁTIO DO CARMO
Origem: V1. Via expressa de Notícias.

Sábado, 26 de Fevereiro de 2011
Há 301 anos teve início a Guerra dos Mascates com o início das hostilidades em Vitória de Santo Antão

Esta página foi consultada às 16h33min de 1 de Abril de 2017.
http://ven1.blogspot.pt/2011/02/ha-301-anos-teve-inicio-guerra-dos.html
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ESTE TEXTO EM PDF
https://www.dropbox.com/s/far74heak69glq3/Portugu%C3%AAs%20Mazombo.pdf?dl=0
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Filhos da terra: a comunidade macaense, ontem e hoje
por
Alexandra Sofia de Senna Fernandes Hagedorn Rangel
Faculdade de Letras da Univerdidade de Lisboa





Filhos da terra: a comunidade macaense, ontem e hoje
por
Alexandra Sofia de Senna Fernandes Hagedorn Rangel
Instituto Internacional de Macau
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Referências
  1. "Filhos da Terra: Identidades Mestiças Nos Confins da Expansão Portuguesa by António Manuel Hespanha". Goodreads. sem data de publicação. Recuperado a 31 de Março de 2019.
  2. "Goa e Portugal: Um passado sem futuro?". Álvaro Aragão Athayde. coisas & loisas. Publicado a 30 de Março de 2019, às 12:22. recuperado a 31 de Março de 2019, às 02:25.
  3. "Portugal, Hoje: O Medo de Existir by José Gil". Goodreads. sem data de publicação. Recuperado a 31 de Março de 2019.


Etiqueta principal: Filhos da Terra.
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30 de março de 2019

Goa e Portugal: Um passado sem futuro?



A conferência Goa e Portugal: Um passado sem futuro?, proferida por Jason Keith Fernandes – um Cidadão da República da Índia, nascido em Goa e educado na Índia, que descobriu que era, também, Português –, foi muito interessante.

A conferência foi video-gravada e espero que a gravação seja brevemente publicada, a fim de que possa ser visualizada por quem não teve oportunidade de assistir à conferência ao vivo.

Jason Keith Fernandes, na conferência.

Em termos breves, e pelo que percebi, Jason Keith Fernandes discorda frontalmente da «teologia que afirma que o colonizado é obrigado a odiar o colonizador» e, considera, também, que:
  1. O facto de a República da Índia obrigar os Luso-Indianos a optar entre a Cidadania Indiana e a Cidadania Portuguesa é uma forma de violência.
  2. O facto de a República Portuguesa não proteger os interesses dos Cidadãos Portugueses de Origem Luso-Indiana residentes na Grande-Bretanha é uma forma de racismo.
Vários outros pontos foram tratados, ou aflorados, mas os acima mencionados pareceram-me ser os que mais mobilizavam, e preocupavam, Jason Keith Fernandes.

Igrejas da Velha Goa / Old Goa Churches
Património português na Índia - Recordação de uma visita à Velha Goa em Janeiro de 2014.



Fontes
  1. Goa e Portugal: um passado sem futuro?”. Nova Portugalidade. Sem data de publicação. Recuperado a 29 de Março de 2019.
  2. Jason Keith Fernandes, na conferência”. Nova Portugalidade. Publicada a 29 de Março de 2019, às 20:12. Recuperado a 29 de Março de 2019, às 22:01.
  3. "Em campo pelos nossos irmãos de Goa". Nova Portugalidade. Publicada a 29 de Março de 2019, às 23:31. Recuperado a 29 de Março de 2019, às 23:50.

Referências
  1. Jason Keith Fernandes”. CEI-IUL. Sem data de publicação. Recuperado a 29 de Março de 2019.
  2. Jason Keith Fernandes”. CRIA. Sem data de publicação. Recuperado a 29 de Março de 2019.
  3. Jason Keith Fernandes”. Google Scholar. No publication date. Retrieved on March 29, 2019.
  4. Jason Keith Fernandes”. Linkedin. No publication date. Retrieved on March 29, 2019.
  5. Jason Keith Fernandes”. Facebook. No publication date. Retrieved on March 29, 2019.
  6. Notes of an Itinerant Mendicant”. Blogger. First post on December 29, 2006, at 05:20 AM. Retrieved on March 29, 2019, at 22.43.
  7. Os perigos de abraçar a Índia”. Jason Keith Fernandes. Público. Publicado a 05 de Janeiro de 2018, às 07:25. Recuperado a 29 de Março de 2019, às 22:54.
  8. "Igrejas da Velha Goa / Old Goa Churches". António Rovisco. YouTube. Publicado a 11/05/2014. Recuoerado a 30/03/2019. 



Etiqueta principal: Goa.
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27 de março de 2019

Nova Fotografia do Perfil

No mercado de Aileu, Timor, a caminho de Hato Builico e do Tatamailau, 2002.


Usava neste blogue o perfil que tinha no Google Plus (G+).

Mas como o G+ vai ser descontinuado deixei de o poder usar.

Vi-me pois forçado a criar um novo perfil, um perfil novinho em folha.

E para um novo perfil, um perfil novinho em folha, nada como uma fotografia antiga!

Uma fotografia antiga, mas importante.

Importante porque lembra coisas que não esquecem.

Em 2002 Timor ainda cheirava a queimado e não havia pássaros.

Não havia pássaros porque que tinham fugido todos e ainda não tinham voltado!


De Dili a Hatu-Builico com uma pernoita em Maubisse e outra em Hatu-Builico.
A escalada começou às 4 da manhã e só os mais novos chegaram ao topo antes das 6. 


Nascer do Sol, visto por quem subia pela encosta oeste, 
de Hatu-Builico, a 1.950 metros, para o topo 
do Tatamailau a 2.963 metros
.


Hatu-Builico, a 1.950  metros, vista do topo do Tatamailau, a 2.963 metros.


Ataúro vista do topo do Tatamailau.



Referências
  1. "Osttimor". Wikipedia, die freie Enzyklopädie. Diese Seite wurde zuletzt am 14. März 2019 um 09:40 Uhr bearbeitet. Abgerufen am 22. März 2018 um 22:37 Uhr.
  2. "Tatamailau". Wikipedia, die freie Enzyklopädie. Diese Seite wurde zuletzt am 12. Dezember 2018 um 17:28 Uhr bearbeitet. Abgerufen am 22. März 2018 um 20:31 Uhr.
  3. "Universidade Nasionál Timór Lorosa'e". Diese Seite wurde zuletzt am 15. Januar 2019 um 12:49 Uhr bearbeitet. Abgerufen am 22. März 2018 um 20:40 Uhr.
  4. "Programa CRUP/FUP de Cooperação com Timor Leste. Abertura de manifestação de interesse para leccionar na UNTL. Ano Lectivo 2006/07.". Fundação das Universidades Portuguesas. Publicado no 1.º semestre de 2006. Recuperado a 27 de março de 2019, ás 22:59. Cópia aqui.


Etiqueta principal: Gestão do blogue "coisas & loisas".
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24 de março de 2019

Política da Cristaleira


um artigo, uma referência, um comentário


o artigo
O movimento 5.7 e o abalo na política da cristaleira

Por João Miguel Tavares no Público a 23 de Março de 2019, às 06:31

Cristaleira Antiga com taças, copos e jarras licoreiras. 

Por política da cristaleira eu entendo o estado de espírito dominante da política portuguesa pelo menos desde o final do ímpeto reformista dos governos de Cavaco Silva. Ela consiste no seguinte: limitar a política a uma gestão do dia-a-dia, abanando o mínimo possível as estruturas do país, e fazendo da imobilidade uma virtude. Tal como a avozinha que não quer que se toque na cristaleira, não vá partir-se alguma coisa, mesmo que o cristal fique a ganhar pó e ninguém dele faça uso, também a política da cristaleira alimenta o medo do futuro, trava todo o desejo de arriscar, vive do temor de que aquilo que aí vem seja sempre pior do que aquilo que já aí está – uma postura extremamente conservadora que, de forma paradoxal, tem sido o grande mantra da outrora revolucionária esquerda portuguesa.

O seu lema poderia ser: “Não mexas que se parte!” É verdade que a política da cristaleira sofreu um forte abalo com a vinda da troika. Mas não é por acaso que essa vinda foi sempre tratada pela esquerda Atlantis como uma imposição do exterior, desligada de qualquer necessidade do país. Mal a troika saiu, a normalidade foi de imediato reposta. A chamada “geringonça” é o maior monumento à política da cristaleira que até hoje a democracia portuguesa avistou: pela primeira vez na história, toda a esquerda se uniu para impor uma política de reversões e reposições, na medida em que era urgente regressar ao passado, e vender a narrativa do memorando do entendimento como “pacto de agressão” (a expressão favorita do PCP). Segundo essa triste narrativa, que conseguiu convencer muita gente, a austeridade foi praticada por sadismo (da Europa) e por masoquismo (do governo PSD-CDS), mas nunca por causa de erros catastróficos da governação ou do caminho seguido pelo país nas duas décadas anteriores.

Desde 2015, aquilo que se tem discutido é invariavelmente o passado – a luta dos professores pela recuperação do tempo de serviço é um bom exemplo –, já que sobre o futuro ninguém parece ter nada a dizer. É por isso que o recém-criado Movimento 5.7, que este sábado apresenta o seu manifesto (“Nascidos a 5 de Julho”), é para mim tão interessante. Eu conheço o Miguel Morgado há alguns anos, gosto bastante dele, e parece-me, de longe, o melhor valor surgido no PSD nos últimos tempos. Mas a razão porque admiro genuinamente o seu percurso resume-se numa frase: ele quer alguma coisa para o país. Querer alguma coisa para o país pode parecer pouco, mais é muito mais do que a totalidade do espectro político português com representação na Assembleia da República tem neste momento para oferecer.

Eu acompanho naturalmente o desejo de um movimento de direita que tenha ideias diferentes a propor, e que esteja disposto a combater a hegemonia cultural de uma esquerda que há demasiado tempo se esforça por instalar um pensamento único no país (ao qual boa parte do PSD também adere). Mas aquilo que mais me agrada no manifesto é mesmo a coragem de enfrentar a política da cristaleira, tantas vezes alimentada pelos próprios jornais. Também aqui é preciso mudar alguma coisa. Aquilo que tenho lido sobre o 5.7 é sempre escrito de uma perspectiva partidária – quem faz parte?, de que partidos vêm?, quem querem tramar? Só falta mesmo o mais importante: saber o que o Movimento 5.7 tem para nos oferecer e de que forma pode ser ele aproveitado para mudar um país que anda há 20 anos a arrastar-se na mediocridade política, social e económica.

Jornalista

Este artigo tem comentários dos leitores. Ver aqui.


a referência
Reaccionário

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O termo reaccionário tem estreito vínculo com o termo "revolucionário"ː ambos estão à margem do fluxo temporal, desvalorizando o presente (hic et nunc) para invocar o passado nostálgico (reaccionário) ou um devir idealizado (revolucionário). Para o reaccionário, o ideal reside no passado, na nostalgia, no que foi e não será mais, salvo se retomarmos os antigos valores. É associado erroneamente aos indivíduos que defendem uma manutenção do status quo político e social diante de propostas de mudança social ou de ideias voltadas para a transformação da sociedade (contrarrevolucionários).

São, notadamente, confundidos com conservadores, que, ao contrário, valorizam o presente e admitem mudanças que respeitem a história, os valores sociais, bem como a tradição, responsabilizando-se pelo devir. Seus princípios são confundidos com princípios conservadores e liberais, que, por sua vez, são acusados de serem contrários à mudança política ou social.

Descrição

O sentido histórico do termo "reaccionário" refere-se àquele que se contrapõe ao presente, e consequentemente às mudanças revolucionárias, sociais e políticas. Nesse sentido, entende-se como reacção o conjunto de forças que actuam no sentido de retorno ao estado anterior.

A Batalha de Waterloo (1815) confrontou as Forças Revolucionárias Francesas
lideradas por Napoleão contra as Forças Reaccionárias Britânicas e Prussianas.

O reaccionário é gémeo do revolucionário. O termo foi empregue pela primeira vez no contexto da Revolução Francesa (1789-1799) no sentido de que reaccionários eram os que reagiam contra as mudanças iniciadas pela Revolução e pretendiam um retorno ao Antigo Regime.

No Manifesto do Partido Comunista, Marx e Engels afirmam que as:
Classes médias pequenos comerciantes, pequenos fabricantes, artesãos, camponeses – combatem a burguesia porque esta compromete sua existência como classes médias. Não são, pois, revolucionárias, mas conservadoras; mais ainda, são reaccionárias, pois pretendem fazer girar para trás a roda da história.
Nesse sentido, as religiões são, às vezes, qualificadas como reaccionárias. Isto decorre, em parte, da oposição a filósofos religiosos como Louis de Bonald, Joseph de Maistre e François-René de Chateaubriand, e em parte do que Karl Popper chamou de crença progressista (identificada como historicista) no caráter manifesto da verdade que não conduz à construção do conhecimento mas à procura dos obstáculos à manifestação da verdade. Ao se identificar a religião como geradora de preconceitos, procura-se abolir a religião.
Analisar, afastar esse emaranhado de forças e tendências conflitantes e conseguir penetração em suas raízes, atingindo as forças de impulsão universal e as leis de transformação social – essa a tarefa das Ciências Sociais, tal como a vê o historicismo.

Esta página, que foi editada pela última vez às 21h26min de 9 de Dezembro de 2018, foi recuperada e adptada ao Português de Portugal às 21h27min de 23 de Março de 2019. Ver original aqui.


o comentário
A Política da Cristaleira

Por Álvaro Aragão Athaude no Blogue coisas & loisas a 23 de Março de 2019, às 22:45

Não sei se a esperança que João Miguel Tavares deposita em Miguel Morgado e no seu recém-criado Movimento 5.7  (“Nascidos a 5 de Julho”) será ou não defraudada. 

Não sei eu e não sabe ninguém, só o futuro o dirá.

Mas confesso que tenho pouca esperança em Miguel Morgado e no seu recém-criado Movimento 5.7  (“Nascidos a 5 de Julho”).


E tenho pouca esperança porque O Nosso Manifesto abre com esta bombástica frase:
A direita atravessa hoje uma crise política e cultural que é evidente para todos. O perigo que a espreita não é menor do que a oportunidade que abre – refundar-se e reconstruir-se para depois se federar. Este é o momento para iniciar essa tarefa.

A direita?

Mas o que é a direita

Sei o que é estar à direita, ou estar à esquerda, de alguém, ou de algo, mas a direitaA direita não faço ideia do que seja! E eles também não…

Os Partidos Políticos Portugueses no Diagrama de Nolan,
segundo  Ricardo Campelo de Magalhães.

Quanto ao resto, isto é, quanto ao evidentíssimo reaccionarismo dos partidos políticos portugueses, acho que deginá-lo por “política da cristaleira” foi uma ideia genial. Verdadeiramente genial.



Fontes
  1. "O movimento 5.7 e o abalo na política da cristaleira". João Miguel Tavares. Público. Publicado a 23 de Março de 2019, às 06:31. Recuperado a 23 de Março de 2019, às 20:11.
  2. "Tempo Volta Para Trás - Tony de Matos". YouTube. Publicado por colimer a 14/05/2008. Recuperado a 23/03/2019.
  3. "Cristaleira Antiga Com Taças Copos Jarras Licoreiras Geleira" [Para aceder copiar e colar esta hiperligação https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-723312717-cristaleira-antiga-com-tacas-copos-jarras-licoreiras-geleira-_JM]. Mercado Livre. Anúncio sem data de publicação, mas anterior a 14/07/2018. Recuperado a 23/03/2019.
  4. "Reacionário". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 21h26min de 9 de dezembro de 2018. Recuperada às 21h27min de 23 de março de 2019.
  5. "O Nosso Manifesto". Movimento 5.7. Sem data. Recuperado a 23 de Março de 2019, às 21:51.
  6. "Gráfico de Nolan". Wikipedia. Esta página se editó por última vez el 19 nov 2018 a las 01:31. Recuperada el 23 marz 2018 a las 22:13.
  7. "Bardam€rda para o Fascismo!". Ricardo Campelo de Magalhães. O Insurgente. Publicado a 09 de Outubro de 2017. Recuperado a 23 de Março de 2019, às 22:35.


Etiqueta principal: Política à Portuguesa.
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22 de março de 2019

Bandeira do Divino — Ivan Lins & CAO-UC

Símbolo comumente usado na Festa do Divino Espírito Santo.


Ivan Lins
Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra

bandeira do divino




Os devotos do Divino
Vão abrir sua morada
Pra bandeira do menino
Ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai

Os devotos do Divino
Vão abrir sua morada
Pra bandeira do menino
Ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai

Deus nos salve esse devoto
Pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede,
Dando pão a quem tem fome, ai, ai

Deus nos salve esse devoto
Pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede,
Dando pão a quem tem fome, ai, ai

A bandeira acredita
Que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta,
Que essa casa seja santa, ai, ai

A bandeira acredita
Que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta,
Que essa casa seja santa, ai, ai

Que o perdão seja sagrado
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre,
Que a justiça sobreviva, ai, ai

Que o perdão seja sagrado
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre,
Que a justiça sobreviva, ai, ai

Assim como os três reis magos
Que seguiram a estrela guia
A bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias, ai, ai

Assim como os três reis magos
Que seguiram a estrela guia
A bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias, ai, ai

No estandarte vai escrito
Que ele voltará de novo
Que o rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai

No estandarte vai escrito
Que ele voltará de novo
Que o rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai


Figura XIb do manuscrito "Liber Figurarum", "Livro das Figuras"
do Abade Joaquim de Fiore (1135-1202) simbolizando em três círculos a "Santíssima Trindade".



Fontes
  1. "Bandeira do Divino - Antigos Orfeonistas com Ivan Lins". YouTube. Publicado por Patrick Mendes a 31/12/2011. Recuperado a 22/03/2019.
  2. "Ivan Lins". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 17h46min de 22 de fevereiro de 2019. Recuperada às 17h47min de 22 de março de 2019.
  3. "Vítor Martins". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 13h54min de 24 de outubro de 2018. Recuperada às 17h49min de 22 de março de 2019.
  4. "Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 03h40min de 28 de abril de 2015. Recuperada às 17h51min de 22 de março de 2019.
  5. "Festa do Divino Espírito Santo". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 00h26min de 13 de março de 2019. Recuperada às 17h53min de 22 de março de 2019.
  6. "Irmandades do Divino Espírito Santo". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 19h32min de 3 de março de 2019. Recuperada às 17h58min de 22 de março de 2019.
  7. "Palhoça". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 13h01min de 28 de dezembro de 2018. Recuperada às 18h02min de 22 de março de 2019.
  8. "Culto do Espírito Santo". Portal do Governo dos Açores. Sem data de publicação. Recuperado a 22 de Março de 2019.
  9. "Divino Espírito Santo: a festa que reúne todos os açorianos". Sítio Informativo Igreja Açores. Publicado a 19 de Maio de 2018. Recuperado a 22 de Março de 2019.
  10. "Joaquim de Fiore". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 00h57min de 27 de fevereiro de 2019. Recuperada às 18h21min de 22 de março de 2019.
  11. "Epístola a Flora". Wikipedia. Esta página se editó por última vez el 16 ene 2019 a las 21:30. recuperada vez el 22 marzo 2019 a las 18:24.
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Etiqueta principal: Música.
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18 de março de 2019

Declarações de Guerra — Vasco Luís Curado

QUARENTA E OITO ESTÓRIAS

SOBRE A GUERRA COMO ELA FOI


A introdução reflecte, por um lado, a Doutrinação Abrilista a que o autor foi submetido e, por outro lado, uma ainda pouco usual capacidade de apreciação crítica da dita Doutrinação.



na contra-capa

Relatos dos portugueses que lutaram pela pátria – e que a pátria esqueceu.

Sem tabus, de coração aberto, têm a palavra os combatentes da Guerra Colonial. Estas são as histórias em carne viva dos soldados portugueses: o que viram, sentiram e pensaram – e os estilhaços físicos e psicológicos de uma juventude perdida que ainda hoje os atormentam.

De 1961 a 1974, Portugal travou uma guerra em três frentes: Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Do lado português, quase um milhão de mobilizados, perto de dez mil mortos, dezenas de milhares de mutilados e um número indeterminado de stressados de guerra.

Este livro reúne 48 relatos emocionantes, que testemunham diferentes experiências de combate. Do militar inadaptado ao que se guia por um escrupuloso sentido de dever; do que lamenta não ter desertado ao que tem gosto em matar. Uns sentiam empatia pelo inimigo, outros moviam-se pelo desejo de aniquilação e extermínio, numa guerra que as mudanças no mundo tinham tornado obsoleta antes mesmo de começar.


na badana da capa

VASCO LUÍS CURADO

nasceu em 1971. Publicou um livro de contos, A Casa da Loucura (1999), a novela O Senhor Ambíguo (2001) e os romances A Vida Verdadeira (2010), Gare do Oriente (2012) e O País Fantasma (2015). É psicólogo clínico, pelo ISPA, e publicou, na área da psicopatologia, a obra Sonho, Delírio e Linguagem (2000). Depois de trabalhar dez anos num hospital militar, tem mantido contacto profissional, desde há outros dez, com combatentes da Guerra Colonial, recolhendo os testemunhos e histórias que deram origem ao livro Declarações de Guerra, cujo princípio motivador é contribuir para um reconhecimento impedido por divisões profundas na sociedade portuguesa, mais interessada na integração na Europa do que no seu passado colonial: o (re)conhecimento das experiências e memórias dos combatentes, ajudando-os num outro combate, o esquecimento a que são votados.


na badana da contracapa

«No penúltimo dia de uma operação no leste de Angola, em dezembro de 1971, vimos um trilho recente e fomos emboscá-lo. Tentei um sítio para me encostar a uma árvore. Vimos quatro ou cinco guerrilheiros a vir, um tinha quase dois metros de altura, com uma barbicha e um casaco de cabedal. Eu e outros disparámos a trinta metros, por entre as árvores. Não o conseguimos matar. Eles deram tiros também e cavaram dali. Andámos duzentos metros e vimos sangue nos arbustos, mas ninguém morto. Eles conseguiam andar quilómetros a sangrar.»



Fontes
  1. "Álvaro Athayde's Reviews > Declarações de Guerra: Histórias em Carne Viva da Guerra Colonial". Goodreads. Published on March 17, 2019. Retrieved on March 18, 2019.
  2. "Declarações de Guerra". Guerra e Paz. Sem data de publicação. Recuperada a 18 de Março de 2019.
  3. "Declarações de Guerra: Histórias em carne viva da Guerra Colonial de Vasco Luís Curado". Wook. Sem data de publicação. Recuperado a a 18 de Março de 2019.
  4. Vasco Luís Curado – Site oficial. Sem data de publicação. Recuperada a 18 de Março de 2019.


Referências
  1. "Guerra Colonial: Memórias estilhaçadas". e-cultura.pt 2019Sem data de publicação. Recuperada a 18 de Março de 2019, ás 14:37.
  2. "Livro de Vasco Curado faz 48 "retratos em carne viva" da guerra colonial". Lusa. Diário de Notícias. Publicado a 20 de Fevereiro de 2019, às 15:58. Recuperado a 18 de Março de 2019, às 15:58.
  3. "Portugal: Um livro contra o silêncio sobre a guerra colonial". João Carlos (Lisboa). Deutsche WellePublicado a 22 de Fevereiro de 2019. Recuperado a 18 de Março de 2019.
  4. "A Guerra do Ultramar, escrita por quem a combateu (I)". Miguel Machado. Publicado a 19 de Agosto de 2015. Recuperado a 18 de Março de 2019, às 15:58.
  5. "Carlos Acabado, Piloto-Aviador: "A Guerra [Ultramar] estava ganha, não tenho a menor dúvida"". Isabel Tavares. SAPO 24. Publicado a 19 de Abril de 2018. Recuperada a 18 de Março de 2019.
  6. "Guerra Colonial Portuguesa". Wikipédia. Esta página foi editada pela última vez às 16h08min de 16 de março de 2019. Recuperada às 14h25min de 18 de março de 2019.
  7. "Tudo sobre: Guerra Colonial". Observador. Etiqueta em permanente actualização. Recuperada a 18 de Março de 2019, ás 14:32.

Etiqueta principal: História.
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